– Só mais um filme de zombies? –
Nesses últimos dias eu me achei assistindo a vários filmes originais da Netflix. Cargo foi um deles e ele me chamou a atenção não somente pela sinopse e gênero do filme – terror, hehehe – mas também pelo ator principal, adoro o Martin Freeman!!!
A premissa do filme é simples: “Em meio a um apocalipse zombie na Austrália, um pai desesperado busca alguém disposto a proteger sua filha pequena.” O filme começa de uma maneira simples, evidenciando o relacionamento dos personagens principais e situando o espectador com qual tipo de apocalipse e zombies estamos lidando. Algo mais para o lado de Extermínio do que Guerra Mundial Z. Fiquei bem satisfeita com o modo como eles conseguiram fazer isso, é bem natural além de não atrapalhar a história.
Lógico que por se tratar de um filme de terror, temos as obrigatórias decisões idiotas! Sim sim eu sei, sem essas decisões o filme não teria muito desenvolvimento, hehehe, e preciso admitir que já vi decisões bem mais estúpidas em outros filmes. Fora isso, o único outro ponto negativo foi o personagem Vic, que para mim foi jogado na história, pois queriam um vilão. Conseguimos ver de cara que ele não é um personagem bom ou que vai ajudar Andy e não temos também um desenvolvimento desse personagem como temos dos outros. Ele está na historia simplesmente para ser um empecilho e prolongar o longa metragem. Mas esses foram as únicas coisas que me irritaram de leve nesse filme, hehehe.
A cenografia é um ponto super positivo. Explorando o outback australiano os diretores Yolanda Ramke e Ben Howling criaram um longa onde o cenário ajuda a dar vida a história. Não é nada exagerado e sim suficiente e exatamente o que o filme precisava.
Temos no filme dois personagens principais: Andy interpretado por Martin Freeman, que é um homem que está tentando sobreviver o suficiente para garantir que sua filha Rosie esteja segura e Thommi interpretada por Simone Landers que é uma garota aborígene que está tentando salvar seu pai após ele ter sido contaminado, até mesmo de sua própria tribo. A atuação dos dois é maravilhosa e a interação entre os dois personagens para mim é o que faz o filme!
Claro que não deixamos de notar que a incrível atriz mirim que interpreta Rosie a filha bebe de Andy. Ela é demais! Conseguindo interagir com os outros atores de uma forma bem natural e até mesmo comovente em certos momentos.
Por ser uma adaptação de um curta metragem achei o filme muito bom, o que é raro acontecer com esse tipo de projeto. E sim, esse é um filme de terror com direito a sangue, intestinos soltos e gosmas estranhas, o que super contrasta com a mensagem do final do longa. O final do filme nos demonstra que a necessidade de uma conexão e de relacionamentos entre humanos sobrevive a todo esse caos e nojeira de um apocalipse zombie, é uma mensagem de esperança o que não é comum para filmes desse gênero.
Meu veredito final? Sim, se você gosta desse gênero esse filme é um must! E se você não gosta, ainda acho que deveria dar uma chance.
